Your browser doesn't support javascript.
loading
Mostrar: 20 | 50 | 100
Resultados 1 - 3 de 3
Filtrar
Mais filtros










Intervalo de ano de publicação
1.
Estud. av ; 23(65): 271-288, 2009.
Artigo em Português | LILACS, BVPS | ID: biblio-1546759

RESUMO

A descrição da tortura de um rato, no conto "A causa secreta" de Machado de Assis, pode parecer tímida se comparada às cenas de suplício narradas por Sade. Todavia, uma leitura mais atenta encontrará ali as condições essenciais para a eclosão de uma misteriosa forma de prazer que costuma estar associada à figura do "sádico". Uma tal aproximação surpreende ainda mais quando se constata que o sadismo do protagonista do conto assume contornos bem mais verossímeis do que as inconcebíveis fabulações de crueldade dos devassos do marquês. Este texto parte do confronto entre os dois autores, valendo-se do diálogo entre uma dimensão estética (o realismo) e outra ética (o mal), na tentativa de propor uma interpretação do conto machadiano.


The description of a mouse being tortured in Machado de Assis's short story "A causa secreta" [English translation: "The Secret Heart"] may seem timid if compared with the scenes of agony narrated by the Marquis De Sade. Nevertheless, a detailed reading will find in this short story essential conditions for the outburst of a mysterious form of pleasure that is usually associated with the image of a "sadist". A closer look might surprise the reader even more with the acknowledgement that the sadism of the protagonist takes on shapes that are more verisimilar than the inconceivable accounts of cruelty of the Marquis's dissolute characters. By means of a dialogue between an aesthetic dimension (realism) and an ethic dimension (evil), this essay confronts these two authors in an attempt to propose an interpretation of Machado de Assis's short story.


Assuntos
Humanos , Literatura , Sadismo , Ética , Brasil
2.
Ide ; 30(45): 115-119, 2007.
Artigo em Português, Inglês | Index Psicologia - Periódicos | ID: psi-43879

RESUMO

Embora o romance Lolita, de Vladimir Nabokov, tenha se celebrizado por colocar em evidência a figura da ninfeta, é notável a complexidade com que elabora a imagem do perverso. Humbert Humbert é um personagem construído sobre paradoxos: se, de um lado, ele se define como "pervertido", de outro, jamais corresponde à caricatura do "tarado", sendo que tais estereótipos são colocados em xeque ao longo de todo o livro. A começar pela identificação do perverso com a criança, que ganha sentido maior quando se recorda que o romance foi escrito na mesma época em que o autor redigia sua autobiografia, com ênfase nas memórias de infância. Com efeito, os dois livros expõem um intrincado jogo entre passado e presente, no qual adulto e criança se aproximam para intercambiar seus papéis. Aproximação que se realiza por meio de instigantes jogos de linguagem que permitem a Nabokov a criação de uma língua própria à perversão.(AU)


Although the novel Lolita, by Vladimir Nabokov, owes its reputation to the nymphet, the way it presents the pervert's profile is also remarkable. Humbert Humbert is a character built up on paradoxes. If, on one hand, he is briefly defined as a pervert, on the other, he never corresponds to the caricatures of a sex maniac; in fact, these steriotypes are deeply discussed along the whole narrative. First, by the identification of the pervert to a child, which gains a special meaning when we remember that the novel was written while the author was composing an autobiography, with emphasis on his childhood. In fact, both books play with past and present in particular ways that allow child and adult to interchange their roles. To accomplish this approach, Nabokov's witty plays on words end to create a peculiar language for perversion.(AU)

3.
Ide ; (41): 75-79, 2005.
Artigo em Português | Index Psicologia - Periódicos | ID: psi-29860

RESUMO

Embora a intenção obscena se faça presente desde os primórdios da nossa cultura escrita, a admissão explícita do erotismo como expressão literária só começa a ganhar maior evidência no Brasil a partir da Semana de 22. Foram os modernistas que, no empenho de conquistar a linguagem coloquial para a literatura, incorporaram as formas mais rebaixadas da língua, por mais impuras que fossem. Nesse sentido, Macunaíma é um texto exemplar, sobretudo na sua primeira versão, uma vez que ela inclui uma passagem fortemente pornográfica, suprimida por Mário de Andrade nas edições seguintes do livro (AU)

SELEÇÃO DE REFERÊNCIAS
DETALHE DA PESQUISA
...